segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Cérebro tem dificuldade de realizar tarefas simultâneas


Estudo publicado no periódico Science mostra que quando executamos duas ações ao mesmo tempo o cérebro, literalmente, divide o trabalho ao meio para que cada hemisfério se concentre em uma tarefa. Para chegar a essa conclusão pesquisadores mediram a atividade neural de voluntários por meio de testes de comparação de letras. Quando os participantes tinham de lidar com duas séries de sinais gráficos, realizando duas tarefas simultâneas, cada atividade correspondia a uma metade do cérebro. Os resultados desse estudo podem explicar por que o desempenho piora quando realizamos três ou mais atividades simultâneas: ficamos com falta de hemisfério para realizar mais de duas tarefas.

Fonte: Revista Mente e Cérebro, novembro/2010.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cientistas encontram região do cérebro que controla os impulsos

Descoberta mostra que comportamento impulsivo pode ser controlado

O comportamento impulsivo pode ser controlado com treinamento, gerando mudanças específicas no cérebro, revelou um estudo da Universidade Queen, no Canadá.

Os pesquisadores descobriram a área do cérebro que controla o comportamento impulsivo e os mecanismos que influenciam o aprendizado de atitudes tomadas sem pensar.

A descoberta poderá ajudar no diagnóstico e no tratamento de várias doenças e vícios, como o distúrbio do déficit de atenção com hiperatividade e o alcoolismo.

Segundo os pesquisadores, “na sala de aula, os alunos geralmente deixam escapar as respostas antes de levantar a mão; com o tempo, eles aprendem a segurar a língua e a erguer a mão até que o professor os chame”.

Os cientistas queriam saber como esse tipo de aprendizado acontece no cérebro, explicou Scott Hayton, estudante de doutorado do Centro de Neurociências da universidade. A pesquisa revelou que a memória para esse tipo de inibição fica no cérebro e como é codificada.

A equipe treinou ratos para controlar reações impulsivas até que recebessem algum sinal. Os sinais elétricos entre as células do lobo frontal do cérebro ficaram mais fortes à medida que eles aprendiam a controlar seus impulsos.

Isso sugere que a impulsividade é representada, em uma região específica do cérebro, por uma mudança na comunicação entre os neurônios.

Geralmente, a impulsividade é vista como uma característica da personalidade, algo que torna uma pessoa diferente da outra.

As crianças que têm dificuldade em aprender a controlar uma reação geralmente têm problemas de comportamento que continuam na idade adulta, diz Cella Olmstead, principal pesquisadora do estudo.

Ela explica que a impulsividade é uma característica básica de muitas doenças, como o déficit de atenção, a disfunção obsessivo-compulsiva e até o vício no jogo.

Segundo os pesquisadores, a identificação da região do cérebro e do mecanismo que controla a impulsividade é um passo importante no diagnóstico e no tratamento dessas doenças.

O coautor do estudo, Eric Dumont, diz que “quando o aprendizado não acontece de forma adequada, é possível que esse mecanismo tenha sido prejudicado".


Fonte: notíciasr7.com

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Quando surge a consciência?

A consciência é constituída por circuitos neurocerebrais e pode ser descrita como um emaranhado perceptivo-cognitivo permeado pela subjetividade. Ultimamente, vários estudos nas áreas de psicologia e neurociências têm investigado fases cada vez mais precoces do desenvolvimento humano na tentativa de decifrar esse processo.

Mas quando começa a viagem mágica rumo à aquisição da consciência? Sua formação requer uma sofisticada rede de células neurais inteconectadas. Seu substrato físico, o complexo talamocortical que fornece conteúdo altamente elaborado, começa a se constituir entre o 24. e a 28. semana de gestação. Aproximadamente dois meses depois, já é possível acompanhar esse processo em ambos os hemisférios corticais e o início da integração neuronal global por meio de exame eletroencefalográfico (EEG). Por volta do terceiro trimestre de vida do feto, estão em formação vários elementos necessários para a consciência. Nessa fase, prematuros podem sobreviver fora do útero sob cuidados médicos especiais, e é muito mais fácil observar um bebê nessas condições, bem como interagir com ele, do que fazer o mesmo com um feto da mesma idade no útero. A criança na barriga da mãe, é considerada um futuro bebê. Mas essa noção não leva em conta o ambiente muito específico e incomparável: flutuando numa bolha aquecida e escura, ligado à placenta que bombeia seu corpo e cérebro em crescimento, o feto está acordado.

Estudos baseados em observação usando ultrassom e registros elétricos em humanos mostram que um feto no terceiro semestre está quase sempre num de dois estados de dormência. Chamados de sono ativo e sono calmo, esses estados podem ser identificados por meio de eletroencefalografia. As diferentes marcações do EEG estão sempre associadas a comportamentos distintos: respiração, deglutição, capacidade de lamber e movimento dos olhos no sono ativo. No sono calmo não há respiração, movimento ocular ou atividade da musculatura tônica. Esses estágios correspondem ao movimento rápido dos olhos (sono REM) e sno de ondas lentas, comum em todos os mamíferos. No final da gestação o feto está num desses dois estados de sono 95% de tempo, intercalados por breves transições.

O mais interessante nessa descoberta é que o feto está efetivamente sedado pela baixa pressão de oxigênio (equivalente à do topo do monte Everest) e pelo ambiente uterino, aquecido e acolchoado, além de exposto a uma série de substâncias neuroinibidoras e indutoras do sono produzidas pela placenta e pelo próprio feto. Surge, porém, uma complicação. Quando aspectos na fase REM do sono, geralmente relatam sonhos nítidos com narrativas longas e detalhadas. Embora a consciência durante o sonho não seja a mesma que a da vigília, e insights notáveis e autorreflexão estejam ausentes, os sonhos são consicentemente vividos e sentidos.

Depois do nascimento, o conteúdo onírico é formado por memórias recentes e antigas. Estudos longitudinais - buscam encontrar correlação entre variáveis, por meio do acompanhamento de uma mesma população por um longo período - de sonhos de crianças realizadas pelo psicólogo americano David Foulkes sugerem que sonhar é fundamental para o desenvolvimento cognitivo gradual e está fortemente vinculado à capacidade de imaginação visual e as habilidades visuoespaciais. Por isso, os sonhos de meninos e meninas em idade pré-escolar geralmente são estáticos e planos, sem elementos ou personagens que se movimentam ou agem, dificilmente envolvem sentimentos e raramente se baseiam em memórias. Mas o que seria sonhar para um organismo que passa o tempo todo suspenso numa espécie de tanque de isolamento, sem memórias e sem ter como imaginar qualquer coisa?

No entanto, acontecimentos violentos que ocorrem durante o parto natural exigem que o cérebro desperte abruptamente. Assim, o feto é forçado a abandonar sua existência paradisíaca protegida no refúgio aquoso e aquecido para viver em um mundo hostil e frio que agride seus sentidos com sons, odores e visões totalmente estranhos, um evento por si só, bastante estressante.

O pediatra Hugo Lagercrantz, do Instituto Karolinska, em Estolcomo, descobriu há duas décadas que uma descarga maciça de norepinefrina mais poderosa que a liberada pelo organismo durante qualquer salto de paraquedas que aquele bebê possa vir a realizar na vida adulta, a liberação do estado de anestesiamento e a sedação ocorrida quando o feto se desprende da placenta o despertam para as novas circunstâncias que terá que enfrentar. Então ele respira pela primeira vez, acorda e começa a sentir a vida.


Fonte: Revista mente & cérebro - Setembro/2010.



segunda-feira, 2 de agosto de 2010

CÉREBRO x ALIMENTAÇÃO

DIVULGAÇÃO IMPORTANTE!!!

A nutricionista Fernanda Magro exibiu em seu blog informações importantes sobre a ingestão de alguns alimentos prejudiciais para a memória e outras funções cognitivas.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Os 7 mitos do cérebro

1. Humanos têm o cérebro maior que todos os outros animais.

Embora nós sejamos os mamíferos mais inteligentes, nós não temos os maiores cérebros do planeta. Baleias e elefantes têm cérebros maiores que humanos, mas seus cérebros são obviamente menos desenvolvidos. O que nos torna únicos é a nossa relação entre peso cerebral e peso corporal, que gira em torno de 1:50 para humanos. Para os outros mamíferos é em torno de 1:180, enquanto para a maioria dos pássaros é 1:220.

2. As dobras do cérebro aumentam à medida que se aprende.

O cérebro de todo mundo tem dobras. As dobras do nosso cérebro permitem ao cérebro ter uma área superficial maior num espaço pequeno. Cientistas acreditam que a grande área superficial proporcionada pelas dobras é uma das razões que nos torna melhores pensadores do que outros mamíferos no reino animal. Ao longo dos anos, nosso cérebro muda em várias áreas, mas as dobras que nosso cérebro desenvolveu permanecem iguais até o dia da nossa morte.

3. Você pode aprender por osmose.

Quem não gostaria de poder aprender coisas novas apenas por absorção de mensagens, como ouvindo a mensagens subliminares, ao invés de ter que estudar? Estudos recentes têm demonstrado que ver ou ouvir mensagens subliminares por uma fração de segundo não necessariamente ajuda no aprendizado. Outros estudos têm desafiado a afirmativa de que você pode aprender um idioma enquanto dorme simplesmente ouvindo a gravações. Infelizmente, praticamente todo aprendizado requer esforço consciente.

4. Um cérebro danificado nunca sara.

Uma lesão cerebral leve, como uma concussão, geralmente sara por completo. Aqueles que sofrem danos severos por AVC, sangramentos e lesões físicas podem se recuperar, pelo menos parcialmente, e mesmo pessoas em coma durante anos tem ocorrido de acordarem. Nosso cérebro possui habilidades maravilhosas de se reparar. Mas é importante também desenvolversuas reservas funcionais e exercitar suas habilidades cognitivas.

5. Drogas e álcool criam buracos no cérebro.

O uso intenso de narcóticos pode certamente danificar seu cérebro, porém não forma buracos no tecido cerebral. Outra falácia é que células cerebrais morrem por causa do consumo de álcool. O que realmente acontece é que o abuso de álcool e drogas retarda a atividade em certas áreas do cérebro e, como resultado, imagens do cérebro parecem mostrar buracos nessas áreas. Portanto, essas imagens representam simplesmente que essas áreas do cérebro têm níveis de atividade reduzidos... o que já não é uma boa coisa.

6. Usamos apenas 10% do nosso cérebro.

Embora você nunca utilize toda a sua capacidade cerebral ao mesmo tempo, o valor de 10% é simplesmente um mito. No artigo da Scientific American intitulado Do People Only Use 10 Percent of Their Brains? (As pessoas usam apenas 10% do cérebro?), o neurologista Barry Gordon da Escola de Medicina John Hopkins em Baltimore explica, “Na verdade nós usamos virtualmente todas as partes do cérebro e o cérebro (quase todo) está ativo o tempo todo.” E acrescenta, “Vamos colocar dessa forma: o cérebro representa 3% do peso corporal e utiliza 20% da energia corporal.”

7. Nosso cérebro é cinza.

Embora seja verdade que uma parte do nosso cérebro seja cinza claro – todos já ouvimos o termo “substância cinza”, que refere-se aos corpos celulares dos neurônios – outras partes do nosso cérebro são brancas, vermelhas, rosadas e mesmo pretas. A “substância branca” consiste de feixes nervosos que conectam as células nervosas, enquanto as áreas vermelhas e rosadas possuem essa cor por causa do sangue e dos vasos sanguíneos. As áreas pretas são encontradas no diencéfalo e têm essa cor por causa da neuromelanina, que é similar ao pigmento no nosso cabelo e pele.


Fonte:

http://www.cerebromelhor.com.br/

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Exposição exagerada à TV e aos videogames leva a mais problemas de atenção.

Já é consenso que as crianças não devem ser expostas a mais do que duas horas por dia às mídias eletrônicas, e isso inclui não só a TV, mas também videogames, DVDs e o uso do computador para atividades não escolares. Sabe-se que as crianças que passam desse limite têm mais chance de apresentar comportamento violento, início precoce da vida sexual, transtornos alimentares, obesidade, assim como maior risco de consumir álcool e cigarro.

A literatura científica reconhece que o nível de exposição das crianças às mídias eletrônicas também está associado a problemas de atenção, como é o caso do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que pode levar a um maior risco de comportamento agressivo e prejuízo do desempenho escolar. Essa associação já havia sido bem demonstrada no caso da TV e uma pesquisa recém-publicada pelo periódico oficial da Academia Americana de Pediatria – Pediatrics – demonstrou que o excesso do uso de videogame também pode contribuir para dificuldades de atenção entre as crianças.

Cerca de 1300 crianças americanas com idades entre seis e doze anos (média:9.6 anos) foram estudadas por um período de 13 meses. Tanto as crianças como seus pais eram interrrogados periodicamente quanto ao tempo que se dedicavam à TV e ao videogame. Os professores dessas crianças também eram interrogados quanto ao grau de dificuldade de atenção das crianças na sala de aula através de três perguntas (1- A criança tem dificuldade de se manter concentrada na tarefa?; 2- A criança tem dificuldade em prestar atenção? ; 3- A criança atrapalha o trabalho das outras?). Foi acompanhado também um grupo de 210 adolescentes e adultos jovens e estes eram interrogados quanto ao tempo de exposição à TV e ao videogame, além de suas queixas de atenção. Os resultados apontaram que altos níveis de exposição à TV assim como ao videogame aumenta a chance das crianças apresentarem problemas de atenção. Essa relação estava presente com a mesma magnitude tanto nas crianças quanto nos adolescentes e adultos jovens, e não houve diferença entre os sexos em ambos os grupos.

Uma das hipóteses para explicar esses resultados é o fato do conteúdo da TV e dos videogames serem tão excitantes que as crianças teriam mais dificuldade em se sentirem atraídas por outras atividades que não “excitam” tanto o cérebro, como os trabalhos de escola. Outra forma de entender esse efeito da mídia é a rapidez de mudança no foco de atenção nos videogames e programas de TV, que pode fazer que com o tempo o cérebro se desacostume a situações que exijam atenção mais sustentada. Teoricamente, existem boas razões para se acreditar que os games e programas de TV com conteúdos mais educativos e menos agitados e violentos devem provocar menos problemas de atenção.

Por: Ricardo Teixeira
Fonte: Instituto do Cérebro de Brasília (ICB)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

SAIU NA MÍDIA!

No dia 07 de Julho de 2010, foi realizada uma entrevista no Instituto Passo a Passo Equoterapia, pela ITV (Itatiba TV). O tema dessa entrevista foi a divulgação das campanhas promovidas pelo IPPE.
Segue abaixo o vídeo da reportagem.
E se puderem, por favor divulguem!!!!!


segunda-feira, 12 de julho de 2010

Para aprender outro idioma

Apesar das promessas de métodos “fáceis” de ensino de línguas para adultos, pesquisadores garantem: maioria dos casos é preciso dedicação e coragem de se arriscar a errar, pois esse tipo de aprendizagem requer a formação de novas redes neurais – o que requer tempo e treino

O domínio de uma língua estrangeira, em especial o inglês, é uma exigência cada vez mais frequente nas empresas. A maior parte dos candidatos às vagas, por sua vez, atesta no currículo que fez cursos – o que em geral é verdade. Mas, na prática, são poucos os que sustentam uma entrevista mais detalhada em outro idioma ou mantêm uma conversação em inglês sem grande esforço. Para muitos prevalece a sensação de só cometer um erro após outro. E o pior é que a insegurança quanto à gramática e o medo de cometer equívocos terminam por comprometer as possibilidades de acerto. Em muitos casos, nem mesmo anos de aula mudam essa situação.

Talvez por isso pareça, para tanta gente, tão sedutora a proposta de eliminar as antigas tradições no ensino de línguas estrangeiras e investir em novos métodos, mais rápidos eficazes.

Os livros, CDs e DVDs para autodidatas ou prospectos de escolas particulares sempre voltam a afirmar veementemente que tudo o que precisamos é uma abordagem correta. E o melhor: podemos nos livrar com certeza das horas de estudo em casa, das listas de vocabulário, do jargão linguístico! Verdade? Especialistas acreditam que não. Principalmente quando se trata de adultos, nada substitui o trabalho duro.

É claro que há o caso de crianças que crescem em um país estrangeiro e aprendem a língua de seu ambiente sem grandes dificuldades. E avanços na psicologia e linguística poderiam ajudar a transferir mecanismos de aprendizagem semelhantes para o mundo adulto. Por trás disso não está apenas o argumento promocional de poupar os alunos do grande trabalho de aprender gramática. Pesquisadores, por sua vez, reconhecem a necessidade de adoção de modelos mais eficazes e menos penosos, já que prevalece o consenso de que nada se ganha apenas com o ensino de regras.

QUAL O CURSO MAIS ADEQUADO?
Cinco perguntas que todos deveriam se fazer:

A escola promete eliminar totalmente as aulas de gramática? Então você deve desconfiar; as chances de sucesso são duvidosas.

O significado das regras é valorizado? É bom que seja, pois a gramática como matéria de aprendizado é praticamente tão inútil quanto nenhuma gramática.

A conversação é priorizada? É fundamental que seja, pois sem a prática nem uma mochila cheia de teoria pode ajudá-lo.

Qual a postura dos professores em relação aos erros? Mesmo quando algumas frases ainda saem erradas, eles devem estimular o aluno a falar; em fases iniciais do aprendizado a supervalorização da gramática não ajuda, mas inibe.

O curso se concentra em apenas um tipo de aprendizagem? O ideal é que não. Quanto mais variada for a aula, mais provável será a possibilidade de a pessoa descobrir a melhor forma de aprender.

Por: Jan Döges
Fonte: Revista Mente e Cérebro - Julho 2010

terça-feira, 29 de junho de 2010

Letra feia não é só pressa ou preguiça. Pode ser disgrafia

DIVULGAÇÃO IMPORTANTE!!!!

Transtorno de aprendizagem afeta a capacidade de escrever ou copiar letras, palavras e números.

Com os cadernos de caligrafia fora de moda nas escolas, a letra ilegível deixou de ser marca registrada apenas de médicos e apressados. Atraídos pelo computadores, crianças e jovens tendem a exercitar pouco a letra cursiva - antes treinada à exaustão nas folhas milimetricamente pautadas. Assim, a hora da escrita pode virar um tormento: tanto para quem escreve quanto para quem lê. Nas crianças em idade de alfabetização, no entanto, a atenção de pais e professores deve ser redobrada. Letra feia no caderno pode não ser apenas falta de jeito com o lápis ou caneta, mas, sim, um transtorno de aprendizagem conhecido como disgrafia, que afeta a capacidade de escrever ou copiar letras, palavras e números. O centro do problema está no sistema nervoso, mais precisamente nos circuitos neurológicos responsáveis pela escrita.

Estudos apontam que a disgrafia é mais comum em meninos e é detectada ainda na infância, depois que o processo de alfabetização é consolidado, por volta dos oito ou nove anos. “A disgrafia pode ocorrer em adultos também, mas somente quando ocorre uma lesão, como um derrame, que pode comprometer a coordenação motora de mãos e braços”, afirma Marco Antônio Arruda, neurologista do Instituto Glia de Cognição e Desenvolvimento. “Mas, nesse caso, já não se trata mais de disgrafia pura”.

Os sintomas da disgrafia não se referem exclusivamente à escrita. Alguns outros sinais de alerta podem ajudar os pais antes mesmo da alfabetização dos filhos. “Se você leva a criança a uma festa junina, por exemplo, observe se ela tem ritmo para acompanhar as músicas, memória para fixar os passos e atenção aos movimentos”, diz Raquel Caruso. Se observada alguma dificuldade nesse sentido, é hora de estimular a prática de exercícios físicos como correr e nadar, além de brincadeiras como amarelinha, pintura e recorte para estimular a parte motora dos pequenos. A falta dessas atividades pode comprometer o tônus muscular, piorando a já difícil situação dos disgráficos.

Rendimento escolar – É importante ressaltar que a disgrafia não compromete o desenvolvimento intelectual da criança nem é um indicador de que o Q.I. (quociente de inteligência) dela é baixo. Silvana Leporace, coordenadora do serviço de orientação educacional do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo, reforça: “Geralmente, os disgráficos são alunos muito inteligentes. A comunicação oral deles é muito boa, mas, na hora de colocar as ideias no papel, eles têm muita dificuldade”, conta.

É esse desdobramento do problema que pode prejudizar o rendimento do aluno. Devido à dificuldade no ato motor, a criança demora mais a realizar algumas atividades, em comparação a seus colegas. É o caso de tarefas simples como copiar a lição da lousa. Outra situação típica: a professora pede que os estudantes redijam um texto, e o disgráfico, envergonhado pela a letra feia, conclui que nem vale a pena escrever. “Isso abala a autoestima da criança”, diz Sônia das Dores Rodrigues, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Diante do obstáculo, ele deixa de aprender.

Sem o treinamento exaustivo da caligrafia, a atenção na escola deve ser redobrada. “Se o treinamento da letra cursiva existe desde cedo, é possível encontrar os disgráficos. Com a prática em desuso, os professores e pais podem confundir digrafia com preguiça”, alerta Marco Antônio Arruda. “Mas a letra feia pode ser treinada e as crianças tidas como preguiçosas têm as habilidades necessárias para escrever bem. Já as digráficas, não: elas não tem habilidade e precisam de tratamento.”

Como tratar – Assim como em outros transtornos de aprendizagem, o tratamento da disgrafia é multidisciplinar e envolve neurologistas, psicopedadogos, fonoaudiólogos e terapeutas. Medicamentos só são indicados quando existem outros transtornos envolvidos, como déficit de atenção (DDA) ou hiperatividade.

Em relação à parte motora, Raquel Caruso, do Edac, afirma que é necessária uma preparação prévia do paciente, com exercícios mais amplos, para depois chegar à escrita. “O ponto principal é trabalhar com o corpo, com exercícios como manusear a argila e massagens, e depois partir para o específico, que é a escrita e outros problemas, como o de memória”, explica. “Vemos apenas o produto final, que é a letra ilegível, mas existe muita coisa por trás disso”. O tratamento pode levar meses e até anos, variando conforme o caso. O objetivo não é atingir a letra bonita, mas, sim, legível. E dar uma forcinha para o processo de aprendizado das crianças.

Por Nathalia Goulart
Mais informações em: www.veja.com.br

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Quem dorme até tarde não é vagabundo, diz ciência


Segundo neurologistas, o que essas pessoas têm é distúrbio do sono atrasado


Alvo de críticas de familiares e amigos, quem gosta de ficar na cama até a hora do almoço pode ter um motivo científico para a "vagabundagem": o distúrbio do sono atrasado. O assunto foi um dos temas abordados no 6º Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções, que aconteceu recentemente em Gramado.

O organismo humano tem um ciclo diário, de modo que os níveis hormonais e a temperatura do corpo se alteram ao longo do dia e da noite. Depois do almoço, por exemplo, o corpo trabalha para fazer a digestão e, conseqüentemente, a temperatura sobe, o que pode causar sonolência.

Quando dormimos, a temperatura do corpo diminui e começamos a produzir hormônios de crescimento. Se dormirmos durante a noite, no escuro, produzimos também um hormônio específico chamado melatonina, responsável por comandar o ciclo do sono e fazer com que sua qualidade seja melhor, que seja mais profundo.

Pessoas vespertinas, que têm o hábito de ir para a cama durante a madrugada e dormir até o meio dia, por exemplo, só irão começar a produzir seus hormônios por volta das 5 da manhã. Isso fará com que tenham dificuldade de ir para a cama mais cedo no outro dia e, consequentemente, de acordar mais cedo. É um hábito que só tende a piorar, porque a pessoa vai procurar fazer suas atividades durante o final da tarde e a noite, quando tem mais energia.

O pesquisador Luciano Ribeiro Jr. da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), especialista em sono, explica que esse distúrbio pode ser genético: "Pessoas com o gene da ‘vespertilidade’ têm predisposição para serem vespertinas. É claro que fator social e educação também podem favorecer”. Mas não se sabe ainda até que ponto o comportamento social pode influenciar o problema.

A questão, na verdade, é que o vespertino não se encaixa na rotina que consideramos normal e acaba prejudicado em muitos aspectos. O problema surge na infância. A criança prefere estudar durante a tarde e não consegue praticar muitas atividades de manhã. Na adolescência, a doença é acentuada, uma vez que os jovens tendem a sair à noite e dormir até tarde com mais frequência.

A característica vira um problema quando persiste na fase adulta. “O vespertino é aquele que já saiu da adolescência. Pessoas acima de 20 anos de idade que não conseguem se acostumar ao ritmo de vida que a maioria está acostumada”, diz Luciano. Segundo ele, cerca de 5% da população sofre do transtorno da fase atrasada do sono em diferentes graus e apenas uma pequena parcela acaba se adaptando à rotina contemporânea.

O pesquisador conta também que, além do preconceito sofrido pelos pais, professores e, mais tarde, pelos colegas de trabalho, o vespertino sofre de problemas psiquiátricos com maior frequência: depressão, bipolaridade, hiperatividade, déficit de atenção são os mais comuns. Além disso, a privação do sono profundo, quando sonhamos, faz com que a pessoa tenha maior susceptibilidade a vários problemas de saúde: no sistema nervoso, endócrino, renal, cardiovascular, imunológico, digestivo, além do comportamento sexual.

O tratamento não envolve apenas remédios indutores do sono, como se fosse uma insônia comum. É necessária uma terapia comportamental complexa, numa tentativa de mudar o hábito, procurando antecipar o horário do sono. Envolve estímulo de luz, atividades físicas durante a manhã e principalmente um trabalho de reeducação.

E as pessoas que têm o hábito de acordar às 4 ou 5 horas da manhã? “O lado oposto do vespertino é o que a gente chama de avanço de fase. Só que esse não tem o problema maior no sentido social. Ele está mais adaptado aos ritmos sociais e profissionais. Os meus pacientes deste tipo têm orgulho, já ouvi mais de uma vez eles dizendo ‘Deus ajuda quem cedo madruga’”, diz o neurologista.

por Bruna Bernacchi

Fonte: www.revistagalileu.globo.com

terça-feira, 22 de junho de 2010

A cacatua que aprendeu a dançar

Pássaro é um dos poucos animais que têm senso de ritmo

Há muito tempo, pesquisadores concluíram que os seres humanos eram os únicos animais que conseguiam dançar – mesmo nossos parentes próximos, os primatas, não mantêm uma batida constante nem aprendem a se mover com ritmo. Mas novas evidências mostram que alguns pássaros conseguem dançar, revelando que essa habilidade pode ter alguma relação com o aprendizado vocal.

Um grupo de pesquisadores liderado por Aniruddh Patel, do Instituto de Neurociências, em San Diego, na Califórnia, e Adena Schachner, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, estudou diversas categorias de pássaros, e entre eles encontraram uma cacatua que dançava ao som do
hit Everybody, da banda Backstreet Boys. Quando os pesquisadores aumentavam ou diminuíam o ritmo da música, a ave ajustava seus movimentos para se adaptar, eliminando a possibilidade de que ela estivesse sincronizada acidentalmente. Intrigada, Schachner e seus colegas procuraram vídeos de outros animais dançando e encontraram 15 espécies (14 papagaios e um elefante), que tinham um traço adicional: podiam imitar sons. “A correlação sugere que nossa capacidade musical surgiu do sistema de aprendizado vocal em vez de ser uma habilidade com função especial”, diz Patel.

A descoberta pode ajudar pesquisadores em transtornos de movimento a avançar em seus estudos. Até agora, os cientistas não entendem os mecanismos por trás disso, mas sabem que o cérebro dos pássaros tem alguns circuitos-chave assim como os humanos, portanto é possível que se encontrem respostas ao estudá-lo.

por Luciana Christante

Fonte: Revista mente e cérebro (Junho/2010).

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Preparação Psicológica: Copa do Mundo

Entrando no clima de Copa do Mundo, qual a importância da preparação psicológica para determinar a vitória nesse campeonato, onde também é uma vitrine de craques e estrelas do futebol. Por quê essa preparação é tão importante nesse tipo de competição?

"O que se consagrou chamar de “parte psicológica” mais uma vez, poderá decidir o próximo campeão da Copa do Mundo, afinal de contas em uma competição cheia de craques vence aquele que tiver mais “cabeça e coração”, pois os músculos já estão prontos"

Em pesquisa realizada há alguns anos foi constatado um paradoxo que em época de Copa do Mundo o mesmo vem à tona com mais ênfase. O paradoxo se resume da seguinte maneira: esportistas (técnicos, atletas, professores e outros) consideram fundamental o aspecto psicológico (cognitivo e emocional) para uma boa intervenção esportiva, seja no campo amador como profissional.

No entanto, quando se verifica o que se faz e produz em termos de preparação psicológica a conclusão é que muito pouco ou nada é prescrito como treinamento propriamente dito.


Para toda nossa experiência física há uma simultaneidade psicológica da mesma maneira, para toda experiência psíquica há uma simultaneidade física. É por isso que, em pressuposto, quanto mais um atleta treina e compete mais naturalmente desenvolverá sua concentração e controle do estresse, por exemplo. Por outro lado, o atleta ao praticar exercícios físicos tende a regular suas emoções e relaxamento com eficácia.


Suspeito que esse “jogo natural” entre a parte física e psíquica produza a conclusão de que habilidades psicológicas (motivação, concentração, controle da ansiedade, cognição e outras) sejam frutos de nossas vivências. Talvez seja por isso que atletas famosos e vitoriosos que nunca fizeram treinamento psicológico descartam o mesmo, no entanto poderiam ser ainda melhores se tivessem se dedicado à sua parte emocional e cognitiva (mental), embora saibamos que treinamento físico, técnico e tático contém aspectos psicológicos indissociáveis como a concentração e persistência que sem esses não teriam êxito em suas tarefas.


É difícil não considerar a importância da parte psicológica para um atleta de rendimento. Isso é ainda mais evidente em uma Copa do Mundo e em Jogos Olímpicos, dada a exposição que os atletas têm na mídia e importância por tudo que representam esses dois maiores eventos do mundo.


Especialmente no futebol brasileiro há muita controvérsia e polêmicas em torno do treinamento psicológico, muitas vezes inúteis para a contribuição do desenvolvimento esportivo. Acontece que a matriz da questão se resume em uma única palavra: conhecimento.


Não há milagre e sim treinamento de qualidade. Tanto na iniciação esportiva, como na formação e no treinamento especializado, todos os profissionais envolvidos devem ter conhecimentos que auxiliem na integração das habilidades físicas e psicológicas que vão compor a preparação técnica, física, tática e psicológica.


Em uma seleção que vai disputar uma Copa do Mundo pode-se ter um especialista em psicologia do esporte e isso ajuda muito, se o mesmo é claro, entender de futebol. Por outro lado, um técnico que tenha ao menos conhecimento básico sobre o assunto poderá dialogar, auxiliar e participar na preparação psicológica de sua equipe.


Imaginemos como é difícil para um atleta de futebol estar diante de um pênalti em uma disputa eliminatória ou final de Copa do Mundo. Caso o mesmo não tenha treinamento do controle da ansiedade e do estresse, concentração e tampouco não saiba técnica de autorregulação psíquica (relaxamento), de certo esse atleta estará em apuros.


Não há mistério: desenvolver habilidades psicológicas para regular, promover e sofisticar a atuação esportiva com eficácia. Ou seja, desenvolver especialmente a concentração, motivação, controle do estresse e ansiedade, harmonia emocional e cognitiva (aspecto mental que envolve a técnica e tática principalmente) e outros como o relacionamento social, é o desafio para aqueles que enxergam o esporte de maneira sistemática e integral.


Observe que todas essas habilidades estão contidas na experiência esportiva desde a tenra idade e, portanto, deveriam ser levadas em conta da mesma maneira como as habilidades físicas.

Importância da habilidade psicológica na Copa do Mundo


Avalie as seguintes situações e conclua o valor da habilidade psicológica do atleta que vai disputar uma Copa do Mundo:

- Saber relaxar para dormir bem à noite antes de uma partida;

- Regular a ansiedade antes de uma cobrança de falta (goleiro ou jogador de linha);

- Concentrar do início ao fim do jogo;

- Motivar-se mesmo frente a um placar adverso;

- Mobilizar suas forças (física, emocional e cognitiva) do início ao fim dos jogos;

- Manter o equilíbrio emocional o tempo todo (mesmo quando de um erro ou provocação do adversário);

- Saber mentalizar o programa mental de um comportamento tático ofensivo ou defensivo (para evitar o jogo aleatório) e relacionar adequadamente com os atores sociais do evento (técnico, companheiros, adversários, árbitros, mídia e outros).


Em resumo, o que se consagrou chamar de “parte psicológica” mais uma vez, poderá decidir o próximo campeão da Copa do Mundo, afinal de contas em uma competição cheia de craques vence aquele que tiver mais “cabeça e coração”, pois os músculos já estão prontos.

Autor: Renato Miranda (Educador físico e doutor em Psicologia do Esporte)

Fonte: uol.com.br/vyaestelar/psicologiadoesporte



sexta-feira, 11 de junho de 2010

Como jogar melhor Guitar Hero: Durma

O tema desse post já foi publicado anteriormente aqui (post do dia 24/05), mas achei relevante a notícia. Mais uma pesquisa relacionando uma boa noite de sono e desempenho cognitivo e motor. Leiam e deixem comentários...


O desempenho em atividades que precisam de habilidade motoras complexas pode melhorar depois de dormir. É isso que sugere uma nova pesquisa apresentada esta semana nos Estados Unidos. Os pesquisadores usaram o jogo Guitar Hero III para provar que a precisão do desempenho de uma pessoas é maior depois de uma noite de sono do que depois do mesmo período acordado durante o dia. O desempenho dos participantes aumentou de 63% de notas certas quando ficaram acordados para 68% depois de dormirem.

Segundo o cientista canadense Kevin Peters, um dos responsáveis pelo estudo, os resultados provam que existe uma ligação entre dormir e capacidade motora. “Isso importante porque esses resultados indicam que dormir pode ajudar a consolidar habilidade que as pessoas usam nas vidas diariamente”, afirmou Peters, que com o autor principal artigo, Caitlin Higginson, e sua equipe de pesquisadores estudou 15 universitários (13 mulheres e dois homens) com idade média de 20 anos.

O resultado também é muito importante para jogadores de videogame e mostra um erro comum: tentar bater um recorde antes de dormir ficando acordado durante horas seguidas. Parece aqui que dormindo ficaria mais fácil conseguir jogar melhor.


Fonte: epoca.globo.com

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Música ajuda no desenvolvimento motor e cognitivo de crianças

Uma pesquisa feita na Universidade de Ben-Gurion, em Israel, sugere que bater palmas no ritmo de músicas tem uma ligação direta com o desenvolvimento de habilidades em crianças e jovens adultos.


“Nós observamos que crianças nos primeiros anos de escola que se envolviam em atividades como cantar, demonstravam diversas habilidades que não eram observadas em crianças que não tinham esse mesmo hábito”, diz Idit Sulkin, um dos pesquisadores envolvidos no estudo. “Outro ponto importante observado foi que crianças que, espontaneamente, acompanhavam as canções batendo palmas, desenvolviam mais rapidamente as capacidades relacionadas à escrita, liam melhor e demonstravam menos erros ao soletrar palavras.”


Warren Brodsky, que supervisionou a pesquisa de Sulkin, diz que o trabalho sugere que crianças que não participam desses tipos de “jogos musicais” também parecem ter maiores riscos de desenvolver problemas de aprendizado, como a dislexia, por exemplo. Os pesquisadores dizem que esse tipo de atividade contribui para treinar e desenvolver determinadas áreas do cérebro. “Essas crianças também parecem ter uma melhor integração social, de acordo com relatos de professores”, observa Brodsky.


Para o estudo, Sulkin propôs um programa de treino musical de dez semanas, que tanto podiam ser ouvir música como acompanhar essas canções batendo palmas. “Em um período muito curto de tempo, as crianças que até então nunca haviam participado desse tipo de atividade desenvolveram habilidades cognitivas de forma mais rápida do que aquelas que não participavam do programa”, diz. Mas os resultados mais proeminentes vieram daquelas que se envolviam em atividades que envolviam bater palmas. O pesquisador aponta que essas atividades fascinavam as crianças, mas que a partir de determinado momento elas eram, por diversas razões, abruptamente substituídas por atividades esportivas.


“Esse tipo de substituição pode ter relações com o processo de desenvolvimento infantil. O instinto de bater palmas acompanhando músicas parece despontar naturalmente nas crianças de 7 anos, em média, e ‘desaparecer’ quando elas atingem os 10 anos”, diz Sulkin. Nessa breve fase, as atividades envolvendo música parecem servir para aperfeiçoar determinadas necessidades de desenvolvimento – como o desenvolvimento emocional, social, fisiológico e cognitivo. É uma transição para a próxima fase do desenvolvimento cerebral, sugere o pesquisador. Sulkin aponta que estudos mais aprofundados sobre o assunto são necessários para entender melhor os efeitos da música no desenvolvimento motor e cognitivo das crianças.


Entretanto, a relação entre música e desenvolvimento intelectual já é bem conhecida dos pesquisadores, e mesmo a moda dos álbuns de música clássica para crianças (o Baby Mozart, por exemplo) foi fruto de pesquisas na área.

E os resultados positivos desse tipo de treino musical aparecem em adultos também. “Essas ‘brincadeiras’ são associadas à infância, mas estudantes universitários que participaram de treinos similares indicaram que haviam melhorado sua atenção e humor”, diz o pesquisador, apontando possíveis utilizações do método para contribuir para o bem-estar na vida adulta também.



Fonte: expressomt.com.br (via cérebro melhor)