segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A restrição de sono pode fazer ainda mais diferença no caso de crianças com déficit de atenção


Após restrição de 55 minutos de sono por seis dias, crianças com diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) passaram a apresentar desempenho cognitivo bem inferior, especialmente nos quesitos atenção e tempo de reação. Esses foram os resultados de uma pesquisa conduzida por pesquisadores canadenses e recém-publicados no periódico especializado SLEEP.

Foram 43 crianças estudadas com uma média de idade de 9 anos, 11 com o diagnóstico de TDAH e 22 como grupo controle. Após seis dias de monitorização do sono em casa por um aparelho chamado actígrafo, parecido com um relógio de pulso, as crianças eram orientadas a dormir uma hora mais tarde do horário habitual. Crianças sem déficit de atenção também apresentaram piora nos testes cognitivos, mas de forma bem menos intensa que as crianças com o diagnóstico de TDAH.

A redução do tempo de sono provocada no estudo foi modesta e semelhante à privação de sono que ocorre no dia-a-dia real das crianças, quando, por exemplo, esticam um pouco mais a noite para terminar o dever de casa. Os resultados da atual pesquisa confirmam que o sono das crianças é um ponto crucial para um bom desempenho acadêmico, ainda mais para aquelas com diagnóstico de TDAH, um dos problemas de saúde mais comuns da infância.

Veja abaixo o número ideal de horas que as crianças deveriam dormir:

Idade Número ideal de horas de sono:
RN (0-2 meses) 12-18 horas
3-11 meses 14-15 horas
1-3 anos 12-14 horas
3-5 anos 11-13 horas
5-10 anos 10-11 horas
10-17 anos 8.5-9.25 horas
Adultos 7-9 horas

Fonte: www.icbneuro.com.br

sexta-feira, 18 de março de 2011

MEMÓRIA E APRENDIZADO

Bebês de 2 meses já retém informações.

De acordo com psicólogos comportamentalistas, há duas formas básicas de aprendizagem: condicionamento clássico e condicionamento operante.

No primeiro, o sujeito da experiência e passivo; no segundo, um ser que de maneira repetitiva e intencional age para produzir efeito sobre o meio.

Uma das experiências com esse tipo de condicionamento foi feita pela psicóloga Carolyn Rovee-Coller (1996). Móbiles foram amarrados aos pés de bebês condicionados a mover as pernas para movimentá-los. Após um tempo e em situações muito semelhantes às do teste, eles moviam as pernas ao ver os móbiles, mesmo sem estar atados a eles. A intensidade do movimento era maior que antes do condicionamento devido à memória da experiência anterior.

O tempo de manutenção da resposta condicionada e a velocidade do processamento da memória aumentam com a idade, cerca de dois dias para bebês de dois meses e treze semanas para os de 1 ano e meio.

Fonte: Revista Mente e Cérebro / Edição Especial - O desafio de aprender.
- Os caminhos da cognição - por Mônica Carolina Miranda -.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Como funciona nossa atenção?

A atenção é geralmente definida como a habilidade de selecionar e focar em uma coisa, idéia ou tarefa enquanto filtramos o que se passa ao nosso redor.

Atenção é a função que nosso cérebro possui de alocar corretamente nossos recursos de processamento. Mas o que poucos sabem, é que existem diversas formas de se manter a atenção, e que elas podem ser classificadas por tipos.

1. Atenção Concentrada: é a habilidade de se concentrar em uma estímulo, enquanto excluímos outras coisas à nossa volta, como por exemplo quando estamos estudando ou dirigindo.

2. Atenção Sustentada: representa a habilidade de manter uma resposta estável durante uma atividade incessante e repetitiva, ou seja, nos permite manter o foco em uma tarefa por um período de tempo contínuo sem ser distraído, como por exemplo, se manter atento durante uma longa reunião.

3. Sabe quando você consegue “selecionar” em que você presta atenção? Nesses casos você está usando a Atenção seletiva. Ela se refere ao ato consciente de se concentrar e evitar distrações de estímulos tanto externos, como barulhos, quanto internos, como pensamentos desnecessários. Um bom exemplo de atenção seletiva é conseguir se concentrar na voz do professor em uma sala de aula lotada e barulhenta.

4. Atenção alternada: quando muda o foco da atenção ou alterna entre diferentes tarefas que tenham diferentes níveis de exigência de compreensão, está praticando atenção alternada. Um exemplo é ler uma receita e depois a executar.


Cada vez mais frenquente nos tempos modernos, principalmente na juventude ligada em tecnologia, está a Atenção dividida. Também conhecida como multitarefa, é quando desenvolvemos nossa habilidade de responder simultaneamente a múltiplas tarefas. Quando processamos duas ou mais respostas ou reagimos a duas ou mais demandas diferentes simultaneamente, nós utilizamos nossa atenção dividida. Há diversos exemplos em nosso cotidiano para comprová-la, como verificar email enquanto participa de uma reunião e dirigir ouvindo música ou conversando, e assim por diante. Na verdade, o que fazemos é alternar rapidamente entre as tarefas, dando a impressão de executá-las de forma simultânea.

Como qualquer uma das nossas habilidades cognitivas, nossa atenção melhora com a prática. Desenvolver nossa atenção nos ajuda a processar informações com maior eficácia. Por isso, pratique constantemente treinamentos cerebrais para ajudar a fortalecer a concentração.


Fonte: www.revistamakingof.com.br
Realizado por: Ricardo Marchesan é sócio fundador do Cérebro Melhor, empresa especializada em treinamento cerebral por meio de jogos online.
www.cerebromelhor.com.br