segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pesquisas científicas comprovam os efeitos negativos do cigarro


Lendo a reportagem do veja.com sobre os efeitos do fumo, achei relevante as informações adicionadas abaixo.

Fumo passivo pode causar distúrbio do sono em crianças.

Crianças que sofrem de asma e moram com fumantes podem ter problemas para dormir. Além disso, é claro, podem sofrer de sonolência diurna

O que dizem os médicos:
'São vários comprometimentos para a saúde da criança, desde distúrbios de sono, problemas respiratórios até o aprendizado. Além disso, conviver com fumantes faz com que as crianças sejam mais propensas a experimentar o cigarro', diz Sérgio Ricardo dos Santos

'Sabemos que a morte súbita infantil é mais comum entre filhos de tabagistas. Quando a mulher está grávida, ela sabe que o fumo não faz bem para o bebê. Depois do parto, porém, as pessoas se esquecem dos malefícios do cigarro para os recém-nascidos', afirma Irma de Godoy.

Fonte: veja.com

domingo, 30 de maio de 2010

Avaliação Neuropsicológica do Adulto. Por quê realizar?

A faixa etária adulta tem seu início entre 16 e 21 anos e seu término entre 60 e 65 anos. A fase adulta se distingue dos demais ciclos da vida, trazendo grandes mudanças aos indivíduos, pois nela estes relacionam-se, sexualmente e amorosamente (casamento, divórcio), formam família (maternidade, paternidade), aprendem em diferentes dimensões da vida, desenvolvem projetos individuais e coletivos, estando inseridos no mercado de trabalho e nas relações interpessoais.

A Avaliação Neuropsicológico do adulto é importante, pois prioriza sua faixa etária, exposta a circunstâncias como: carga laboral, dependência química, relacionamentos afetivos, doenças sexualmente transmissíveis, maternidade/paternidade e acidentes de trânsito, de modo distinto dos indivíduos de outras idade.

É indicado também em outros exemplos como, casos de meningocefalites e de intoxicações, déficit cognitivo associado ao consumo abusivo de álcool (demência Wernicke Korsakoff), associado ao uso de drogas (p.e. a cocaína), deficiência mental, transtorno do déficit de atenção, e na avaliação de formas residuais de transtorno do aprendizado.

Acerca dos traumatismos craniencefálicos - TCEs, que ocorrem na maioria das vezes nessa faixa etária, o diagnóstico pode ser nebuloso, pois há sintomas cognitivo-comportamentais em situações que não resultam em déficits neurológicos motores ou sensoriais. A pesquisa de Franckeviciute, Varzaityte, Kimtys (2008, apud Malloy-Diniz e cols., 2010) revelou que a maioria dos pacientes investigados com TCE moderado ou grave, submetidos a reabilitação, eram independentes, embora ainda necessitassem de ajuda para compreender, memorizar e expressar seus pensamentos, e alguns deles exigissem o auxílio mínimo nas ações relativas às funções cognitivas.

Em decorrência do uso de drogas, o funcionamento neuronal pode ser alterado pelo uso de qualquer droga, com consequente modificação do desempenho das funções cerebrais, tais como o processo do pensamento normal, da sensopercepção, da atenção, da concentração, da memória, dos sentimentos, das emoções, da coordenação motora e do nível intelectual (Mattos, Alfano e Araújo, 2004 apud Malloy-Diniz e cols. 2010).

Por meio dos resultados da Avaliação Neuropsicológica, é possível considerar uma intervenção focada nas funções cognitivas deficitárias e nos distúrbios psicológicos/psiquiátricos, visando à melhora da condição do paciente e de sua qualidade de vida. Também contribui na reabilitação do paciente por outros profissionais, tais como fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e médico.

Referência:
Malloy-Diniz, LF; Fuentes, D; Mattos, P; Abreu, N. Avaliação Neuropsicológica. Porto Alegre: Artmed, 2010.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

É possível melhorar o cérebro?


Achei esta reportagem bem interessante e informativa. É importante ressaltar que em muitos casos, quanto antes for realizada a identificação e avaliação, melhor será o prognóstico, bem como uma intervenção mais efetiva.

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O inglês Ben Pridmore, vencedor do campeonato mundial de memorização, é capaz de decorar a sequência de um baralho completo em menos de 30 segundos. Algumas pessoas, no entanto, são incapazes de lembrar os números registrados na agenda de telefone, o horário de um compromisso ou as várias senhas cadastradas na conta do banco, cartão de crédito ou e-mail. Ao contrário do que se possa imaginar, a habilidade de Pridmore não o faz um gênio. Assim como as pessoas que esquecem os itens necessários enquanto fazem compras no mercado não estão com problemas graves de memória.

Segundo pesquisas científicas, a memória pode ser treinada. "Exercitar a memória é essencial em um momento que temos uma tecnologia que a substitui. Estudos comprovam que quanto mais você usa sua memória, melhor ela fica - o que é crucial para a saúde mental", afirma a neurocientista Suzana Herculano-Houzel.

Para a neurocientista, exercícios para a memória são capazes de ensinar truques, rotinas e associações que podem ajudar na memorização. "Muitas vezes, uma pessoa acredita que tem problema de memória, mas na verdade é falta de atenção ou algo que é possível treinar. Os jogos são apenas uma motivação para as pessoas se interessarem", diz a especialista.

Mente ativa - Em geral, o desempenho da memória pode ser afetado por stress, pouco tempo de sono e falta de exercício mental. Além disso, com o envelhecimento, o cérebro inicia um processo de declínio natural das funções cognitivas. "Em pessoas com mais de 50 anos, a perda de memória tem razões variadas: desde efeitos colaterais de medicamentos até o Alzheimer", explica Ivan Okamoto, neurologista do núcleo de envelhecimento cerebral da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Não existe receita mágica ou mecanismo especial para obter a memória perfeita. As recomendações médicas nesse sentido seguem o conselho já conhecido por grande parte dos pacientes: estilo de vida saudável. "Atividade física, alimentação balanceada e rotina livre de stress estão entre as orientações para uma mente sadia", diz Okamoto. "É preciso esclarecer que o jogo não é responsável por deixar uma pessoa mais inteligente. Mas mal não vai fazer. Em alguns casos, é até possível aprender um método de memorizar nomes que pode ser aplicado no cotidiano, como saber as compras do mercardo, por exemplo", finaliza Okamoto.

Fonte: veja.com

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dormir para aprender...

A ciência enfatiza que o sono é essencial à consolidação da memória e ao desempenho intelectual. Ele define até quais são os horários do dia mais favoráveis ao aprendizado.

QUANDO O REMÉDIO É DORMIR

As pesquisas sobre os efeitos das mudanças de hábito noturno já têm aplicação terapêutica em diversos casos.

Problema: falta de concentração.
Quando é mais freqüente: na infância.
Como o sono pode ajudar: a mais abrangente pesquisa sobre o assunto, conduzida pelo Hospital Sacré Coeur, do Canadá, concluiu que o hábito de dormir dez horas seguidas reduz em 40% o risco de uma criança apresentar problemas de concentração. Para aquelas com dificuldade em dormir tanto, o estudo indica uma hora de atividades físicas diárias – cientificamente reconhecido como ótimo estimulante do sono infantil.

Problema: dificuldade em resolver questões que envolvem raciocínio lógico.
Quando é mais freqüente: na adolescência.
Como o sono pode ajudar: promove um necessário momento de descanso aos neurônios. Um estudo da Universidade Harvard mostra que, quando alguém passa dezoito horas seguidas sem dormir, perde cerca de 30% da capacidade de resolver problemas que exigem raciocínios complexos. Por essa razão, o melhor é fazer uma pausa noturna e só retomar os estudos pela manhã. A pesquisa revela que o desempenho intelectual melhora depois disso.

Problema: perda da capacidade de memória.
Quando é mais freqüente: a partir dos 60 anos.
Como o sono pode ajudar: uma das causas para a redução da memória nessa faixa etária é que o sono se torna mais leve e a fase REM – justamente durante a qual se consolida a memória de longo prazo – passa a durar 50% menos tempo. A saída, dizem os cientistas, é esticar o número de horas na cama. Aos 60 anos, as pessoas dormem, em média, cinco horas. O ideal para a memória seriam pelo menos oito.


FICA O ALERTA! Cada pessoa é única, às vezes o que é eficiente para um, não é para outro. Sempre que possível, consulte um profissional.

Fonte: Veja online

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Obesidade estaria vinculada a menor volume do cérebro

A obesidade está vinculada a um volume menor do cérebro, segundo estudo publicado nesta quinta-feira. Ele também indica um aumento do risco de demência numa fase mais adiantada da vida em pessoas de idade média com boa saúde, mas que tenham excesso de gordura abdominal.

Os pesquisadores examinaram uma amostra de 733 pessoas de uma idade média de 60 anos, das quais 70% eram mulheres. Eles mediram seu Índice de Massa Corporal (IMC), cintura e gordura abdominal, além de escanear o cérebro.

"Nossos resultados confirmam a relação entre o aumento do IMC e a redução do volume do cérebro nas pessoas mais idosas e de idade média, observadas previamente em um grupo de menos de 300 pessoas", explicou Sudha Seshadri, da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston, uma das principais autoras do estudo, divulgado no site "Annals of Neurology".

"Mais importante ainda, esses dados mostram um vínculo mais forte entre a obesidade, particularmente o excesso de gordura que se encontra nas vísceras, e um risco incrementado de demência e de mal de Alzheimer", acrescentou.

Os resultados deste estudo colocam em evidência um vínculo entre obesidade e demência que poderão conduzir à elaboração de estratégias promissoras de prevenção, acrescentou a médica.

Segundo um informe da OMS (Organização Mundial da Saúde) publicado em 2005, mais de 24 milhões de pessoas sofrem de alguma forma de demência no mundo.

Fonte: Folha online - 20/05/2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Avaliação Neuropsicológica da Criança - Indicações e Contribuições


A neuropsicologia infantil, que tem por objetivo identificar precocemente alterações no desenvolvimento cognitivo e comportamental, tornou-se um dos componentes essenciais das consultas periódicas de saúde infantil, sendo necessária a utilização de instrumentos adequados a esta finalidade (testes neuropsicológicos e escalas para a avaliação do desenvolvimento).

A importância desses instrumentos reside principalmente na prevenção e detecção precoce de distúrbios do desenvolvimento/aprendizado, indicando de forma minuciosa o ritmo e a qualidade do processo e possibilitando um “mapeamento” qualitativo e quantitativo das áreas cerebrais e suas interligações (sistema funcional), visando intervenções terapêuticas precoces e precisas.

A avaliação neuropsicológica é recomendada em qualquer caso onde exista suspeita de uma dificuldade cognitiva ou comportamental de origem neurológica. Ela pode auxiliar no diagnóstico e tratamento de diversas enfermidades neurológicas, problemas de desenvolvimento infantil,
comprometimentos psiquiátricos, alterações de conduta, entre outros.

A contribuição deste exame na criança é extensiva ao processo de ensino-aprendizagem, pois nos permite estabelecer algumas relações entre as funções corticais superiores, como a linguagem, a atenção e a memória, e a aprendizagem simbólica (conceitos, escrita, leitura, etc.). O modelo neuropsicológico das dificuldades da aprendizagem busca reunir uma amostra de funções mentais superiores envolvidas na aprendizagem simbólica, as quais estão, obviamente, correlacionadas com a organização funcional do cérebro. Sem essa condição, a aprendizagem não se processa normalmente, e, neste caso, podemos nos deparar com uma disfunção ou lesão cerebral.

Ao fornecer subsídios para investigar a compreensão do funcionamento intelectual da criança, a neuropsicologia pode instrumentar diferentes profissionais, tais como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos, promovendo uma intervenção terapêutica mais eficiente.

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Referência: Costa, D.I.; Azambuja, L.S.; Portuguez, M.W.; Costa, J.C. Avaliação Neuropsicológica da Criança. Jornal de Pediatria - Vol 80, n.2(supl), 2004.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

EQUOTERAPIA

Neste domingo, (16) o programa Globo Rural apresentou uma reportagem sobre Equoterapia que vale a pena divulgar.

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Reportagem:

Qual o segredo, ou que mistério explica o bem que um cavalo faz para pessoas com problemas psicomotores, principalmente as crianças?

O Globo Rural reencontrou o encantador de cavalos Monty Roberts, desta vez no Brasil, e documentou sua emoção ao ver os cavalos servindo de terapia para jovens e crianças portadores de várias dificuldades.

O cavalo é um animal enorme perto de nós, pode ser agressivo, perigoso. Isso quando responde com brutalidade à mesma brutalidade com que é tratado. Mas dentro desse grande animal existe também doçura como mostra Monty Roberts. No caso da equoterapia, o cavalo passa doçura e uma força misteriosa para pessoas com dificuldades neuromotoras.


Vejam ao vídeo e comentem!!



domingo, 16 de maio de 2010

SAIU NA MÍDIA!


Saiu na Mídia!

Em Janeiro/2010, foi realizado o "I Encontro sobre Dificuldades de Aprendizagem e Equoterapia", promovido pelo Instituto Passo a Passo Equoterapia, em Itatiba-SP.

O encontro contou com a presença de Kelly Macedo (psicóloga), Ana Carolina Cruz (neuropsicóloga e supervisora de avaliação diagnóstica) e Cláudia Mota (fonoaudióloga e Gerente Administradora), foi destinado à professores voluntários e teve como objetivo principal abordar as dificuldades e distúrbios de aprendizagem, repercussões cognitivas e emocionais, intevenção terapêutica e a integração com a Equoterapia.

Fonte: Jornal de Itatiba - 13/04/2010

sábado, 15 de maio de 2010

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em pauta no ‘Marília Gabriela Entrevista’

Neste domingo (9), às 22h, opsiquiatra Paulo Mattos é o convidado do “Marília Gabriela Entrevista”. O médico coordena o grupo de estudos de Déficit de Atenção (DDA) na UFRJ e esclarece dúvidas sobre a doença que atualmente é denominadaTranstorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). De acordo com o especialista, o transtorno não é fruto da vida atribulada e do excesso de informação: já era descrito na medicina no século XIX, porém com outras nomenclaturas.

Esclarece, ainda, que as
crianças com TDAH são agitadas ou inquietas e manifestam os primeiros sintomas na pré-escola. Com forte componente genético, a doença atinge 5% da população e pode persistir na vida adulta e na terceira idade. Dificuldades em manter a atenção, desorganização e hiperatividade são os sintomas mais comuns do TDAH.

Gabi comenta, brincando: “Então todos nós temos essa doença!” O médico esclarece que para ser diagnosticado com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade o paciente precisa apresentar um conjunto de sintomas, e que, além disso, as atividades da vida cotidiana devem estar prejudicadas.
“Existe uma lista com 18 sintomas que caracterizam o problema. Se o paciente apresenta um grande número destes sintomas e um histórico de inquietação, podemos dizer que é TDAH”, conclui o especialista.

E acrescenta: “Em medicina existem dois tipos de diagnóstico: o diagnóstico de categoria ou o diagnóstico de dimensão. No primeiro, a pessoa tem ou não determinada doença, como, por exemplo, a Aids. Já no segundo, se enquadram doenças como o diabetes, a hipertensão e o TDAH”, explica Mattos. Segundo o psiquiatra, a intensidade nos sintomas é que varia de pessoa para pessoa, e que isso determina o tratamento.

Um exemplo clássico de
erro no diagnóstico do TDAH é achar que as meninas, por serem mais tranquilas, mais tímidas, não sofrem do mal. “Durante muito tempo as meninas foram subdiagnosticadas. O percentual em meninos é realmente maior, porém pesquisas mostram que as meninas também podem apresentar o transtorno. Já em adultos, a proporção é igual”, diz o médico.

Os remédios são grandes aliados no tratamento. Gabi pergunta se com a evolução dos medicamentos psiquiátricos, a psicanálise vai desaparecer. Paulo Mattos fala com veemência que não. E diz o motivo. “É como ter um jardim adubado e não ter um bom jardineiro para plantar corretamente. Mas você também pode ter um ótimo jardineiro e não ter um terreno fértil.
A psicanálise não está superada. A combinação da terapia e dos remédios é o melhor caminho para um bom tratamento”, conclui o especialista.

Próximo horário alternativo: Sábado, 14h00.


Funções Cerebrais

A tarefa primordial do cérebro é ajudar a manter todo o corpo no estado mais adequado em relação ao ambiente, a fim de maximizar as chances de sobrevivência. O cérebro faz isso registrando os estímulos e então respondendo a eles, com a geração de ações. No processo, ele também produz a experiência subjetiva.

O que o cérebro faz?
Recebe uma corrente constante de informações na forma de impulsos elétricos provenientes dos neurônios dos órgãos dos sentidos. Primeiramente determina se a informação exige atenção. Se for irrelevante ou apenas uma confirmação de que tudo permanece igual, ela é autorizada a sumir e não temos consciência disso. Mas, se for uma novidade ou tiver importância, o cérebro amplifica os sinais, levando-os a ser representados em regiões diversas. Se essa atividade é sustentada por um tempo suficiente, tem como resultado uma experiência consciente.

Como o cérebro funciona?
Ninguém sabe exatamente como a atividade elétrica se converte em experiência. O que se sabe sobre os processos cerebrais, é que transformam a informação recebida nos diversos componentes da experiência subjetiva, como os pensamentos ou as emoções. Boa parte depende de onde a informação provém. Os órgãos dos sentidos respondem aos estímulos de forma semelhante, gerando sinais elétricos, os quais são enviados para processamento posterior.
Mas a informação proveniente de cada órgão é enviada a uma parte diferente do cérebro e então processada a partir de uma via neural particular. Portanto, o local de processamento da informação determina que tipo de experiência ela vai gerar.

Ações -
Determinadas áreas cerebrais são especializadas em produzir movimento corporal. Os módulos do tronco encefálico controlam as ações automáticas internas, como os movimentos do pulmão e do tórax, necessário para a respiração, a frequência cardíaca e a contração ou dilatação dos vasos sanguíneos, para o controle da pressão arterial. Nas atividades conscientes, o córtex motor primário envia mensagens aos músculos dos membros, tronco e cabeça a fim de criar movimentos.

Memória -
Algumas das experiências pelas quais passamos modificam as células cerebrais de tal forma que o padrão da atividade neural que produziu a experiência original pode ser repetido mais tarde. Esse processo dá origem à lembrança, ou memória, que nos torna capazes de usar as experiências passadas como um guia sobre como nos comportar no presente.

Linguagem -
Envolve a produção da fala e a análise do que os outros falam para compreender o significado. Ela depende da capacidade do cérebro de relacionar objetos a símbolos abstratos e depois em convertê-los em símbolos - e as idéias que representam - para os outros, por meio das palavras. Assim como facilita a comunicação entre as pessoas, a linguagem permite que os indivíduos reflitam sobre suas ideias.

Emoções -
Determinados estímulos (incluindo pensamentos e imaginações) causam mudanças no corpo ao ativar as áreas do sistema límbico, em especial a amígdala. Os sentimentos conscientes ocorrem quando os sinais provenientes do sistema límbico são enviados a áreas de associação no córtex pré-frontal que dão base à consciência. Durante a adolescência, depende-se fortemente da amígdala para o processamento da informação emocional, uma vez que o córtex pré-frontal amadurece apenas quando a pessoa chega ao final da faixa dos 20 anos.

Pensamentos -
O cérebro usa as sensações, percepções e emoções para gerar planos de ação. Alguns dos planos dão origem a atividades cerebrais internalizadas, ou pensamentos. A fala interna, por exemplo, é na verdade gerada pelas áreas motoras, mas não apresenta nenhum sinal visível. Algumas atividades ocorrem no hipocampo, as quais vivenciamos como recordações.

Sensações -
A informação proveniente do ambiente entra no cérebro por meio dos diferentes órgãos dos sentidos e é transmitida a áreas específicas do córtex cerebral chamadas áreas sensoriais primárias. Essa informação inclui alguns estímulos provenientes do próprio corpo. Na ausência do estímulo externo, as áreas sensoriais permanecem ativas e acredita-se que gerem as experiências que conhecemos como sonhos, alucinações e imaginação.

Percepções -
Na maior parte do tempo, recebemos informação das várias áreas sensoriais de uma só vez, como na combinação de sinais auditivos e visuais em um show de fogos de artifício. Esses sinais podem ser comunicados às áreas de associação, que misturam todas as informações. Se esses itens de informação "associada" tornam-se conscientes, eles formam o que é conhecido como percepção multissensorial.

Fonte: O livro do cérebro (Edição especial - Mente & Cérebro).

Neuropsicologia, a quem se destina?

A Neuropsicologia preocupa-se com a complexa organização cerebral e suas relações com o comportamento e a cognição, tanto em quadros de doenças como no desenvolvimento normal. A Neuropsicologia teve sua criação entre duas vertentes:
a psicologia científica, que estuda o comportamento humano, as
estruturas funcionais responsáveis pelas atividades mentais superiores, o movimento e a ação;
a neurologia, que estuda as alterações comport
amentais causadas por lesões cerebrais.

Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP), o Neuropsicólogo é o profissional que atua no diagnóstico, no acompanhamento, no tratamento e na pesquisa da cognição, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque da relação entre estes aspectos e o funcionamento cerebral.

A Avaliação Neuropsicológica consiste no método de investigar as funções cognitivas e o comportamento. Trata-se da aplicação de técnicas de entrevistas, exames quantitativos e qualitativos das funções que compõem a cognição abrangendo processos de atenção, percepção, memória, linguagem e raciocínio.


A Avaliação Neuropsicológica pode ser realizada em crianças, adultos e idosos:
- Avaliação infantil: Crianças que apresentam dificuldade de aprendizagem, transtornos do desenvolvimento (transtornos da aprendizagem, autismo, síndromes...), lesões cerebrais adquiridas (tumor, epilepsia...), TDAH, entre outros.

- Avaliação do adulto: Realizado em casos de lesões cerebrais adquiridas (traumatismo crânio encefálico, tumores, problemas comportamentais...), doenças encéfalo vascular (acidente vascular cerebral (AVC)...), patologias crônicas (esclerose múltipla...), infecções do sistema nervoso central, avaliação preventiva, entre outros.

- Avaliação do idoso: Em casos de distúrbios neurológicos degenerativos (demências, doença de Parkinson...), déficits cognitivos decorrentes do envelhecimento, entre outros.

Além do diagnóstico, a Neuropsicologia e sua área interligada de Reabilitação Neuropsicológica visa realizar as intervenções necessárias junto ao paciente, para que possam melhorar ou adaptar-se às dificuldades; junto aos familiares e outros profissionais, para que atuem como co-participantes do processo reabilitativo, promovendo a cooperação na inserção ou re-inserção de tais indivíduos na comunidade, ou ainda, na adaptação individual e familiar quando as mudanças nas capacidades do paciente forem mais permanentes ou a longo prazo.



Referência:
Malloy-Diniz, LF; Fuentes, D; Mattos, P; Abreu, N. Avaliação Neuropsicológica. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Fuentes, D; Malloy-Diniz, LF; Camargo, CHPC; Cosenza, RM e cols. Neuropsicologia: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 2008.