quinta-feira, 5 de junho de 2014

Como estipular os limites para as crianças de acordo com a idade

Engana-se quem pensa que um bebê não tem limites. A rotina, por si só, já é o primeiro contato que seu filho tem com as regras da casa. Mas a maneira como elas são impostas varia conforme a maturidade da criança.

É natural que a criança menor demande mais atenção, inclusive na hora de dar limites. Porém, é importante ter as mesmas regras para todos em determinados casos – se devem comer à mesa, se podem mexer no computador da mãe, se precisam lavar a cabeça todos os dias... Entenda em que fase seu filho está e como funciona o limite em cada uma.
Até os 6 meses: ele não tem noção de que existem outras coisas além dele. Mas os horários de banhos e mamadas são suas primeiras regras.
Até os 2 anos: seu filho começa a perceber o mundo e as pessoas ao seu redor, mas ainda não sabe dividir – é a tradicional fase do “é meu!”. É nesse período que o “não”, principalmente relacionado à segurança, passa a fazer parte mais ativamente da vida dele. Porém, a criança nessa idade quase não entende essa palavrinha. Portanto, não ache que isso será suficiente para que ela não ponha mais o dedo na tomada. Se for preciso, retire-a de perto do perigo.

Dos 3 aos 5 anos: é quando tem início os períodos de birra e da aquisição da fala, o que permite mais argumentação – é a fase dos porquês. Por isso, vale usar uma explicação mais elaborada, passando valores, questões morais e conceitos de bem-estar dela e do outro.
Após os 6 anos: a autoridade dos pais começa a enfraquecer, pois passa a ser ainda mais dividida entre professores, pais de amigos, e outros. Nessa idade, começa o contraste das responsabilidades. Portanto, use a proibição somente nos casos em que a argumentação não é suficiente. O elogio continua sendo poderoso, mas ele precisa ser merecido. Isso não significa parabenizar só quando seu filho acertar, mas também quando ele se empenhar para conseguir. Quanto mais velha a criança, mais trabalho dá para colocar limites, mas nunca é tarde!

Fonte: Revista Crescer - Por Fernanda Montano | com Giovanna Maradei